A coletiva reúne trabalhos de Dauto Galli (Goiás, Brasil), Nina Nunes (São Paulo, Brasil) e Ana Vallejo (Cali, Colômbia); e é curada por Masina Pinheiro. A mostra prioriza experiências autobiográficas dos artistas, relatos de processos íntimos e a relação poética entre corpo e espaço. Acariciar Escamas privilegia a pele como limite entre o eu e o mundo – sendo, assim, um elogio ao tato e à experiência corpórea. Contudo, a mostra não trata a sensibilidade como uma faculdade passiva. Daí, a metáfora das escamas, que ao se sobreporem uma sobre as outras, criam um sentido pré-determinado da direção do toque.

Nas palavras de Masina Pinheiro: “Enfileiradas, as da frente por cima das de trás, elas fazem com que o ato de acariciar, sozinho, não escolha o melhor sentido, quem escolhe o sentido é a pele. As sensações de suavidade e de atrito reforçam que a dicotomia do desejar o prazer e do suportar o prazer se combinam, algumas vezes, e são percebidas ao mesmo tempo.” São três pesquisas artísticas muito distintas entre si por sua tecnicalidade e materialidade, mas semelhantes em ímpeto artístico de abrigar a experiência sensível em uma superfície comum.